Tumor no estômago, como me tratar?

O que é um tumor no estômago ?

Há vários tipos de tumores de estômago, desde pólipos benignos e facilmente curáveis, até o câncer gástrico. Os pólipos surgem através do crescimento desordenado das células do revestimento  interno do estômago (mucosa), podendo variar de pólipos hiperplásicos a pólipos adenomatosos, esses sim com potencial variável para malignização. O adenocarcinoma gástrico (câncer de estômago) é o quarto câncer mais comum em homens (INCA 2021), relacionado  à alta ingestão de nitratos e nitratos (abundantes em alimentos defumados), baixa ingestão de fibras e alto consumo de gorduras saturadas e infecção crônica pela bactéria Helicobacter Pylori. As medidas de prevenção e o tratamento adequado e racional são fundamentais para o controle e cura desse  câncer.

A maioria (cerca de 90%) dos cânceres gástricos são esporádicos, estando relacionados a fatores ambientais e hábitos de vida.

Atenção especial especial deve ser dada aos tumores estromais gastrointestinais (GIST em inglês), cuja localização mais comum no trato digestivo é o estômago, que variam desde tumores pequenos, bem diferenciados e com baixo índice mitótico, até tumores avançados com grau e índice mitótico elevados. O tratamento de cada caso deve ser individualizado e conduzido por especialista experiente, capaz de selecionar a melhor forma de tratamento, sendo a cirurgia minimamente invasiva parte fundamental do tratamento.

O estômago é sítio frequente de tumores neuroendócrinos, desde  pequenos tumores de baixo grau, ressecáveis e curáveis por endoscopia, até tumores múltiplos ou com fatores de mau prognóstico, necessitando de gastrectomias radicais, com extensa retirada das cadeias de drenagem linfática, preferencialmente por cirurgia minimamente invasiva.

Todo tumor gástrico é câncer?

Não, muitos tumores gástricos são pólipos benignos (hiperplásicos, adenomas tubulares, vilosos ou tubulovilosos com displasia de baixo a moderado grau), tumores neuroendócrinos de baixo grau,  pequenos tumores estromais gastrointestinais (GIST) de baixo grau, lipomas, hamartmoas e etc. A realização dos exames adequados, orientada por um médico ou cirurgião experiente é fundamental para que tenhamos um diagnóstico de certeza e o melhor resultado possível.

Há cura para câncer no estômago?

Sim, atualmente a maioria dos casos de câncer gástrico até o estádio III pode ser curada, sendo a cirurgia parte fundamental do tratamento.

Graças à evolução tecnológica, atualmente possuímos três alternativas para o tratamento cirúrgico do câncer gástrico, sendo elas as vias de acesso aberta (convencional), videolaparoscópica e robótica. 

O prognóstico oncológico é determinado pelo estadiamento oncológico quando do diagnóstico do câncer gástrico, pelo grau de diferenciação tumoral e pela radicalidade do tratamento oncológico, sendo fundamental a realização de uma cirurgia radical, sem doença residual, independente da via de acesso. 

Como devo realizar o meu tratamento de câncer no estômago?

O tratamento deve ser realizado por equipe cirúrgica experiente, com formação sólida em oncologia cirúrgica, com conhecimentos específicos a respeito de todas as alternativas terapêuticas, que incluem diversas técnicas cirúrgicas, vários esquemas de quimioterapia pré ou pós-operatória, uso de agentes imunobiológicos, uso de radioterapia em situações específicas e interação multidisciplinar com oncologista clínico, radioterapeuta, nutricionista e fisioterapeuta.

Atualmente realizamos mais de 90% das nossas cirurgias gástricas por via minimamente invasiva (cirurgia laparoscópica ou robótica), obtendo os mesmos resultados oncológicos da cirurgia aberta (convencional) com menos dor pós-operatória, menor resposta inflamatória sistêmica e cicatrizes menores, por vezes quase imperceptíveis.

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